Slideshow

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sobre portas, porteiras e corações

Ok, ainda temos quase um mês e meio de 2010, mas como eu sou uma pessoa com vocação para humanas e não exatas, portanto não me atenho apenas à linearidade do calendário, já posso escrever sobre esse outro ano...

Não diria que alcancei todas as minhas metas para esse ano, pois seria quase uma mentira.
Não passei de ano sem exames, não fiquei até o final do ano no estágio, não juntei dinheiro, não vou viajar no final do ano, não li os livros que queria.

Mas, era de se esperar.
Muito além de uma questão de previsibilidade, sou um tanto mais caixa de surpresa do que gostaria.
Não sigo relógios, convenções, mas tenho meu tempo.

Não planejei, mas um dia de outubro coloquei na cabeça que começaria a dirigir e cá estou, dirigindo, sem medo, para lá e para cá, apenas aguardando um pouco mais de prática para me aventurar ruas a fora sozinha.

Acidental, mas descobri que a vida é feita principalmente dos planos que dão errado.
É, portanto, a vida um grande acaso.

A vida é a soma das portas fechadas que abrimos com as portas já abertas que tivemos que aprender a fechar.
Das barreiras intransponíveis que pela teimosia ultrapassamos e das plataformas de embarque que avistam no horizonte a distância que se inicia e não se finda.

Nada é eterno, mas eterno pode ser cada momento.
Cada canção, cada voz, cada sopro de vida. 

Já reparou nos sons?
Já reparou como o mundo gira tão rápido e tão devagar, depende do ponto de vista, da emoção, do momento?

E então o essencial tornou-se parcial, banal... 






Nenhum comentário:

Postar um comentário