''Há músicas que nos fazem querer dançar, musicas que nos fazem querer cantar junto, mas as melhores músicas são aquelas que nos levam de volta à primeira vez que as ouvimos e, mais uma vez, partem nossos corações."
E apesar de tudo, hoje eu me dei conta de ainda sinto saudades.
E hoje eu entendo que por mais que parecesse distante e frio, na mais era do que o melhor jeito.
Não era sempre, mas quando era, éramos apenas eu e você.
Claro, alguns sabiam, mas eram discretos.
Sinto falta mesmo é dessa descrição.
De poder olhar nos olhos como se olhasse qualquer outra coisa ou cena comum, e ter aquele olhar retribuído com o mesmo ar de quem olha para o horizonte, mas saber lá no fundo, que não eram as cenas cotidianas nem as paisagens que eram vistas, mas nós mesmos, em outros olhos.
Não foi duradouro, mas foi eterno.
E como diz aquela discrição, ‘‘eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais resgata’’.
Eterno e insubstituível.
Não há pessoa capaz de substituir, por mais que eu tente, esse lugar que é só seu.
Outros sorrisos, outros beijos, outros abraços.
Mas parece que quanto mais eu procuro, menos eu encontro.
Eu sei que a vida segue, que o tempo passa, e que tudo está diferente.
E ai toca uma música, que talvez por coincidência de época associei indiscriminadamente a você, e vem aquela saudade de não sei o que, e por seis minutos e trinta e três segundos eu volto no tempo.
Bons tempos.